Gilmar, não adianta negar:Sei que me amas de verdade...
Amigo, como contar a história sem a melhor parte?
Posso falar que estávamos atrás de uma máquina, quando nos conhecemos.
Se eu revelar minha primeira curiosidade me ferro não é? Tudo bem, se eu não contar vais me cobrar. Fiz isso mesmo, não sei por quê. Posso explicar. Faço dessas coisas, devem ser descargas neurais.
Vou enrolar para não ficar tão mal para o meu lado. Exemplo: Quando fiz a minha primeira ultra-sonografia do primeiro filho, a médica me olhou e perguntou: Quer saber alguma coisa mãe? Respondi com uma pergunta: Ele tem braço? Ela achou que eu estava de gozação, não sabia das descargas neurais. Então, vamos voltar a nossa história. Minha primeira pergunta ao entrar em contato contigo pela Net: Qual a sua relação com a água? Você quis saber em que sentido, lógico. Então fui um pouco mais direta: Você gosta de tomar banho? Por Deus! Deves ser louco, porque não me bloqueou? E ainda respondeu.
Fora assim que iniciamos nossa amizade.
Estávamos em fim de inverno, início de primavera, marcamos a festa: PC, Web Cam, cerveja, e uma madrugada inteira. Avisei que estava num mezanino e que iria precisar descer escadas.
Tanta cumplicidade!
Estava próxima a minha formatura, eu iria defender meu trabalho de fim de curso. Acompanhastes os rascunhos de Estigma e solidão. Estavas lá comigo quando defendi meu trabalho.
Lembro que adoravas minhas cartas para Drummond.
Agora estou na dúvida se conto ou não o dia em que fui a seu encontro, detalhe, foi sem endereço, e o telefone estava sempre sem sinal. Fomos July, a outra Cris e eu. Uma aventura até a Roça Grande. Estava tudo combinado, a porta do carro estava fazendo um barulho horrível quando abria, então combinamos: Vamos colocar o som bem alto e desviar a atenção para abrir a porta, não faça isso muitas vezes, esquecemos do plano. Chegamos a Roça Grande acenando para a vizinhança, cumprimentando, parando, perguntando, enfim, fizemos amigos. E depois quando pediu o carro emprestado para comprar cigarros não entendeu nada porque as pessoas acenavam para o carro. Enfim.
Não fora uma viagem muito fácil, a Br 101 estava no começo das obras, entramos num lugar errado e a July gritava quase chorando: Corre Cris que estamos no meio de uma boiada, eu falei: Calma vai dar tudo certo, quase não deu , tive que entrar no pátio de alguém que não conhecia. Esta, fora uma das aventuras daquele dia. Bom , depois de algumas horas, estávamos lá frente a frente conversando pela primeira vez sem a máquina. Cheguei mesmo a duvidar se continuarias com a mesma disposição para nossa amizade, afinal a máquina me protegia bastante. Agora eu tropeçava, percebias minha falta de orientação espacial, enfim estas coisas. Ah, e minha timidez. Roça Grande é um pedacinho de Pasárgada, um lugarejo lindo e aconchegante. Anoiteceu e era hora de voltar. Ainda não estávamos na lei seca não é? Como um bom cavalheiro você se ofereceu para nos acompanhar até Florianópolis. Conto ou não conto? Isso não é mentir, é omitir alguns detalhes. Está bem. Vou contar nosso diálogo: - Quer que eu dirija Cris?
- Não. Você vai estragar meu carrinho.
- Hum?
- Deixa comigo.
Passado um tempo... Um silêncio estranho. Você perguntou:
- Cris, o que está olhando?
- Esta sinalização que não acaba nunca.
- Por Deus! Isso não é sinalização. É um caminhão que está na nossa frente.
- Ahhhhh ta.
Você precisava ver sua expressão no espelho. Nunca vi outra igual. Não sei como não pediu para descer do carro.
Eu expliquei:
- A noite não enxergo muito bem.
- Sua expressão piorou. Não entendi!?
Como sempre deu tudo certo... Sei que a aventura não terminou acho que vou ter que fazer em partes.
Muita coisa aconteceu naquele dia. Lembra do pneu furado?
E eu trocando numa estrada de terra?
E o macaco afundando?
Fica para próxima...
O que sei é que estavas lá comigo quando pensei ser o aniversário da Tiloca, e também estavas quando era mesmo o aniversário da Tiloca, e isso é muito importante para mim, lembras cada detalhe, e passaram-se quatro anos, e quando estamos juntos a vida é uma festa, uma grande festa. Adoro quando estou digirindo e falas: Vai Cris!
Posso falar que estávamos atrás de uma máquina, quando nos conhecemos.
Se eu revelar minha primeira curiosidade me ferro não é? Tudo bem, se eu não contar vais me cobrar. Fiz isso mesmo, não sei por quê. Posso explicar. Faço dessas coisas, devem ser descargas neurais.
Vou enrolar para não ficar tão mal para o meu lado. Exemplo: Quando fiz a minha primeira ultra-sonografia do primeiro filho, a médica me olhou e perguntou: Quer saber alguma coisa mãe? Respondi com uma pergunta: Ele tem braço? Ela achou que eu estava de gozação, não sabia das descargas neurais. Então, vamos voltar a nossa história. Minha primeira pergunta ao entrar em contato contigo pela Net: Qual a sua relação com a água? Você quis saber em que sentido, lógico. Então fui um pouco mais direta: Você gosta de tomar banho? Por Deus! Deves ser louco, porque não me bloqueou? E ainda respondeu.
Fora assim que iniciamos nossa amizade.
Estávamos em fim de inverno, início de primavera, marcamos a festa: PC, Web Cam, cerveja, e uma madrugada inteira. Avisei que estava num mezanino e que iria precisar descer escadas.
Tanta cumplicidade!
Estava próxima a minha formatura, eu iria defender meu trabalho de fim de curso. Acompanhastes os rascunhos de Estigma e solidão. Estavas lá comigo quando defendi meu trabalho.
Lembro que adoravas minhas cartas para Drummond.
Agora estou na dúvida se conto ou não o dia em que fui a seu encontro, detalhe, foi sem endereço, e o telefone estava sempre sem sinal. Fomos July, a outra Cris e eu. Uma aventura até a Roça Grande. Estava tudo combinado, a porta do carro estava fazendo um barulho horrível quando abria, então combinamos: Vamos colocar o som bem alto e desviar a atenção para abrir a porta, não faça isso muitas vezes, esquecemos do plano. Chegamos a Roça Grande acenando para a vizinhança, cumprimentando, parando, perguntando, enfim, fizemos amigos. E depois quando pediu o carro emprestado para comprar cigarros não entendeu nada porque as pessoas acenavam para o carro. Enfim.
Não fora uma viagem muito fácil, a Br 101 estava no começo das obras, entramos num lugar errado e a July gritava quase chorando: Corre Cris que estamos no meio de uma boiada, eu falei: Calma vai dar tudo certo, quase não deu , tive que entrar no pátio de alguém que não conhecia. Esta, fora uma das aventuras daquele dia. Bom , depois de algumas horas, estávamos lá frente a frente conversando pela primeira vez sem a máquina. Cheguei mesmo a duvidar se continuarias com a mesma disposição para nossa amizade, afinal a máquina me protegia bastante. Agora eu tropeçava, percebias minha falta de orientação espacial, enfim estas coisas. Ah, e minha timidez. Roça Grande é um pedacinho de Pasárgada, um lugarejo lindo e aconchegante. Anoiteceu e era hora de voltar. Ainda não estávamos na lei seca não é? Como um bom cavalheiro você se ofereceu para nos acompanhar até Florianópolis. Conto ou não conto? Isso não é mentir, é omitir alguns detalhes. Está bem. Vou contar nosso diálogo: - Quer que eu dirija Cris?
- Não. Você vai estragar meu carrinho.
- Hum?
- Deixa comigo.
Passado um tempo... Um silêncio estranho. Você perguntou:
- Cris, o que está olhando?
- Esta sinalização que não acaba nunca.
- Por Deus! Isso não é sinalização. É um caminhão que está na nossa frente.
- Ahhhhh ta.
Você precisava ver sua expressão no espelho. Nunca vi outra igual. Não sei como não pediu para descer do carro.
Eu expliquei:
- A noite não enxergo muito bem.
- Sua expressão piorou. Não entendi!?
Como sempre deu tudo certo... Sei que a aventura não terminou acho que vou ter que fazer em partes.
Muita coisa aconteceu naquele dia. Lembra do pneu furado?
E eu trocando numa estrada de terra?
E o macaco afundando?
Fica para próxima...
O que sei é que estavas lá comigo quando pensei ser o aniversário da Tiloca, e também estavas quando era mesmo o aniversário da Tiloca, e isso é muito importante para mim, lembras cada detalhe, e passaram-se quatro anos, e quando estamos juntos a vida é uma festa, uma grande festa. Adoro quando estou digirindo e falas: Vai Cris!
Respondo : Ainda não.Estou com medo!
Você faz aquela expressão de quem vai perder a paciência...
E daí eu falo: O medo já passou, vamos embora.
Lembra da última no posto de gasolina?
Perguntei a menina que iria abastecer: Aceita cartão?
Ela respondeu: Qual cartão?
Respondi bem séria: cartão de Natal.
Ela ficou pensando...
Não resisti juro. Eu tentei.
Na próxima vou contar o que aconteceu com o bolo da Tiloca, a culpa foi sua. Não precisava gritar: Entra ai!
E das voltas que tive que dar na rótula. Você me confunde.
Tenho pensado no nosso trailer, acho que vai ser um bom lugar para envelhecer. Posso dirigir? Nunca dirigi um trailer! Vai ser muito legal.
Lembra? Gilmar você me ama só que ainda não sabe!
Eu o amo muito para sempre...
E das voltas que tive que dar na rótula. Você me confunde.
Tenho pensado no nosso trailer, acho que vai ser um bom lugar para envelhecer. Posso dirigir? Nunca dirigi um trailer! Vai ser muito legal.
Lembra? Gilmar você me ama só que ainda não sabe!
Eu o amo muito para sempre...
Ps. Nem acabei de contar o primeiro dia.
11 comentários:
Pois é Cris; Que história!!!
Não diria estranha nem complicada, talvez pitoresca e como tudo na tua vida "ÚNICA". Quando nos conheçemos logo pensei: Nossa ela é linda e inteligente. Não estava errado, apenas faltavam outras "QUALIDADES" atrapalhada,um tanto desorientada no que tange aos pontos cardeais e que diante do óbvio sempre faz a célebre pergunta: Como assim?...(RISOS)
Éssa é a Cristina que eu conheço, que em alguns lugares entra pela saída, quando dá-se conta do erro quase cai no lago andando em marcha ré. A Cristina que vai visitar a Tilóca no hospital na data errada do aniversário e antes mesmo de ver a paciente conta pra toda a enfermaria que é aniverssário e espera a resposta das funcionárias..."Bom se não disseram nada é porque ela aínda está viva", então vamos lá...
A Cris é uma mistura de poesia e música que se transforma, ora menina doce delicada, ora mulher forte que enfrenta um gigante pra defender quem ama. Só com ela coisas estranhas acontecem, o carro que só pega quando ela implora, o cd que se nega a sair do aparelho e faz ela ouvir a mesma faixa muitas vezes e nem assim tira ela do sério, apenas diz: Adoro éssa música. E no trânsito agitado quando tem engarrrafamento e ela precisa mudar de pista? Agora complicou? Que nada, ela põe as mãos como se estivesse fazendo uma oração, faz cara de pavor olha pros outros motoristas estressados e com cara de perdida diz: Por favor moço, deixa eu passar...(risos). E lá vai ela com seu carrinho(TWINGO), as vezes me pergunto: O quê será que eles pensam? É verdade Cris, eu te amo mesmo tenho que admitir, mas mesmo assim adoro ouvir tu dizer: Diz que me ama vai.
A pessoa que acorda fuma dez cigaros toma dois litros de coca-cola planeja todo seu dia e quando sai da cama faz tudo diferente hehehe, mas no fim tudo dá certo né? Eu acredito que até o ex-ministro(Gilberto Gil) a conheça tb, pelo menos ele fez a música "METAMORFÓSE AMBULANTE", É CRIS, melhor assim do que ter aquela velha opinião formada sob tudo. Bem não vou me alongar mais, éssa é minha primeira passagem por aqui, voltarei outras vezes. Hoje apenas quiz te descrever como eu a vejo, logo volto pra contar as histórias vividas, daí sim o bixo vai pegar...Te amo pequena!!!
Gilmar, cuidado, essa menina foi personagem que Deus criou num momento de bom humor. E foi aquela que Vinicius cantou: "mulher que passa! Que fica e passa, que pacifica."
A Cristina? Não sei se existe. Nem sei mesmo se ela sabe que existe. É personagem, está dito. Por isso é mulher eterna.
Oi Gilmar meu lindo!
Pega leve nas histórias está bem?
Meu querido, temos tantas histórias para contar que até eu duvido ás vezes.Mas, a culpa não é só minha.Quem foi que me ensinou a ficar em OFF ? Claro,custei para compreender,mas aprendi direitinho.
Sei o quanto significa estar aqui hoje, e principalmente não ter gritado por conta da foto.Eu entendi!!!
Quem é que jogou aquele saquinho plástico e quase acertou o motoqueiro?
Quem é que passava trote para o orelhão da esquina de frente para o ap?
Quem é que conseguiu tirar-me do sério naquele natal e me fazer irritada afogar os teus tênis na piscina da "Janda"?
Quem é a melhor companhia do mundo?
"Aconteça o que acontecer nunca desce do carro".
Quem sabe dar jeito no chuveiro onde fui trocar a resistência e este pegou fogo???
Então, vamos fazer mais histórias?
Eu te amo, não esqueça disso.
Oi Daniel.
O Gilmar é um anjo, ele tem mesmo muita paciência.Gosta de viver perigosamente, por isso nunca recusa um convite para um passeio de carro comigo.Ele exagera, claro.
Eu afirmei tantas vezes que ele me amava que acabou por fim acreditando.
O mesmo faço contigo.
Você me ama Dan, mais ainda não tens certeza disso.Mas, eu tenho.
Que bom que Deus estava de bom humor!Nem vou completar!
Eu também te amo muito Daniel.
Decididamente,eu gosto mesmo é das tuas histórias contadas com os dedos colados ao teu coração apaixonado e apaixonante.
Menina,você ama todo o mundo!!!!
Você é real e nós somos sombras.
Beijinho no teu....(ah,não tenho lápis para desenhar!)
Pôxa, duas vezes no mesmo dia... Nem eu poderia prever isso, mas não posso me furtar aos comentários, eis que volto para ratificar algumas coisas.
Caro Daniel, em parte concordo contigo, pois acho que ela não existe mesmo. Mas no início, achei que pudésse ser de um outro planeta, pois como é pequenina e eu a conheci em 2006, no mesmo ano em que Plutão foi descorbeto um planeta anão, achei que talvez fosse de lá, pois as fronteiras dela são até onde o (Twingo) pode ir e ele se recusa a ir muito longe, então o planetóide seria um bom lugar.
Aliado a isso, ela vive num mundo à parte, com três seres de ólhos puxadinhos, os quais ligam o disjuntor da caixa elétrica quando você está segurando os fios...(risos). Sem contar a outra pequena fêmea da espécie, Que em meio a correria e fumaça a pessoa pergunta o quê está acontecendo? Ela calmamente se deliciando em uma barra de chocolate responde: Nada, é só meu chuveiro que está pegando "FOGO"...
Então, depois de um certo tempo e de conhece-los melhor resolvi rever meus conceitos. Acho que a Cris é mesmo um ser iluminado, que de alguma forma vive em um universso paralelo, e só veio até nós pra enfeitar o mundo, que as vezes tem um tom um tanto acinzentado. Parece estranho esse lado paradoxal, mas nada melhor me ocorre, como não rir ao acordar com o telefone insistente à tocar e ao atender aquela voz lá no fundo baixinho fala: "DIZ QUE ME AMA". Pronto o mau humor peculiar do início do dia já éra...(risos)
E quando ao dirigir eu alerto: Tem um caminhão parado na frente.
E ela apavorada diz: Agora ferrou!!! E tenho que gritar: Pisa no freio!!! hahahaha
Nossa é muita coisa, tenho também que concordar com a Lia, ela realmente ama todo mundo, por isso é tão forte e como agricultora de emoções por toda vida irá colher o que plantar....
Cabem palavras aqui, cabem outras palavras aqui? cabe um pouco do meu atrevimento...
E eu, quero ficar em Pasárgada, quero olhar esta princesa, qual rainha.
Obrigada por esta partilha.
Beijo
Em Twingos, em twists, girar é o que vale!
Viajar sentado na Maia, é também viajar...e ter bons encontros.
Levem com um abraço, leve
Lia minha querida.
Quero amar muito mais, podes estar certa disso.Ainda não aprendi a viver de outra forma.
Cada amor tem um tempero diferente,é isso amiga. A amizade é um amor seguro.
Bom uma hora dessas vou deixar aqui um post falando de amores.
Beijos no coração minha flor.
Querida Mar-ia
Quanta alegria me causou tua visita!
Muito obrigada mesmo por suas doces palavras e desejo muito contar com sua visita sempre que for possível.
Muitos beijos querida.
Nossa, como é bom relembrar esses tempos, dei muita risada lendo este post, é tudo verdade...
Ela realmente nao existe. Te amo maninha! Beijos
JULLY
Minha menina! Minha pequena!
Boas histórias não é? És testemunha e nem contei a melhor parte não é? Não encontrei o jeito de explicar...sabemos que valeu não é?
Temos tantas dessas histórias,acho que temos algum problema não acha?
Bom, pelo menos quando meus sobrinhos chegarem vou ter o que contar.Ah, e a mãe deles participou da grande maioria,sabe por que?
Porque até um passeio até a escola para votar é muito divertido se for em sua companhia,e se resolveres ter certas vontades no meio do caminho.
Minha querida, o Gilmar vai gostar de te ver ou falar contigo.
Eu te amo muito, um montão de beijos barulhentos.
Diga ao Clóvis que ele fora aprovadíssimo para a vaga de cunhado.Mas,lembre-o que também vou ser sogra II.
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