quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Adagio e allegro

(“Onde o artista era a dor” – Deyse de Abreu Teodoro)

Na parede, um quadro triste.
Na mesa, um vaso vazio.
Em volta a sombra persiste
Mesmo depois da manhã.
E, na pauta do silêncio,
Um “Nocturno” de Chopin.
Numa casa sem amor,
Onde o artista é a dor.

Vieste. Mudaste o tema:
Trazias dois girassóis
E a “Garota de Ipanema”.
Abriste a janela ao dia,
Puseste vinho nas taças.
Foi a “Ode à Alegria”.
E agora só há amor,
Onde o artista era a dor.
Daniel de Sá.

5 comentários:

Anônimo disse...

Mas que lindo, meu Deus!

Anônimo disse...

Obrigado, Lia. Eu vim a Pasárgada ver se já havia uma cara mais bonita do que a minha, mas em vão. No entanto valeu a pena, para ler o teu comentário. És um coração de oiro.

Ana Loura disse...

Quase apetece nem comentar...dizer o quê? Ler e reler, apenas. Hoje ando com ataques de inveja e detesto.

Beijo, Cris

Ah, Daniel, não precisa de ter cara mais bonita que a tua pois coração mais lindo não há e os teus olhos espelham-no.

Elisabete disse...

Aqui nos encontramos sempre. E todos têm caras lindas e corações de ouro.
É muito bom conhecer-vos!

Anônimo disse...

A Lua tem destas coisas, Elisabete...