quarta-feira, 17 de setembro de 2008

A voz do meu coração...

"Pusemos tanto azul nessa distância
ancorada em incerta claridade
e ficamos nas paredes do vento
a escorrer para tudo o que ele invade.

Pusemos tantas flores nas horas breves
que secam folhas nas árvores dos dedos.
E ficámos cingidos nas estátuas
a morder-nos na carne dum segredo."
Natália Correia

6 comentários:

Anônimo disse...

Cris!!!!!

Estive a ver e a ouvir tudo que ainda não tinha visto e ouvido..A voz do teu coração fez-me chorar,mulher-menina!
o teu blog é a tua cara e eu ainda não te vi ao vivo.Anseio pelo abraço.
Desde que passei a ser o teu lar, a minha casa foi invadida pelo sol lavado das manhãs de estio.


P.S. tens que legendar s fotos.quem é o senhor que aparece tnts vezes contigo?

Cris disse...

Lia passamos a vida inteira buscando uma casa para morar,e depois de algum tempo ,decobrimos que o precisamos para viver é um lar, e o lar não tem paredes e divisões, é um lugar seguro que amamos, e podemos ser verdadeiramente quem somos.
Aquele senhor é o Mauro, ex marido,não o pai dos meninos, e agora um grande amigo.
Aquelas fotos contam nossa história, ela é recente,muito recente amiga.
Um abraço bem forte e muitos beijos neste lindo coração.

Anônimo disse...

Talvez nada tenha que ver com tudo isto... ou talvez sim, este

Poema para uma criança curiosa

Podia ter nascido acácia ou leopardo,
Gazela, colibri ou pirilampo.
Podia ser um funcho, um cravo, um cardo,
A pedra da muralha de um castelo
Ou um lírio-do-campo.
Qualquer coisa que eu fosse, eu era belo
Se os olhos que me vissem fossem belos.
E se o meu gato tivesse sido eu,
E eu fosse o meu gato simplesmente?
Por que razão nasceu
Na mesma noite um tigre, e eu nasci gente?
Mas eu sou gente como? Este meu corpo
Sou eu, sou eu somente
O corpo que me cabe nesta pele,
Ou sou mais do que ele?
Se eu tivesse nascido torto seria outro qualquer
Ou seria o mesmo, com um corpo torto?
Não nascendo rapaz, seria outra pessoa
Ou a mesma, num corpo de mulher?
Sou os cinco sentidos com que sei o Mundo,
Ou aquilo que sou hei-de encontrá-lo
Bem mais fundo?
Ou serei eu apenas o que como,
O meu corpo sou eu, e o alimento
Que o sustenta é que se torna eu?
Ou sou, mais do que tudo, um pensamento?
A memória do que fui e a ideia do que hei-de ser
É que me fazem ser,
Ou sou o pão que se faz carne que sente,
Ou o gato que ao nascer
Em vez de nascer gato nasceu gente?

Cris disse...

Daniel meu querido
Tem tudo haver,basta que seja entendido.Ah, lembra do diamante camuflado de pedra? Do tigre que parece um gatinho?
Eu acho que sei quem serias se nascesses num corpo de mulher,eu não sei quem seria se nascesse num corpo de homem,mas sei quem gostaria de ser.
Sei quem é vc...o porto,o circo,a paz,o mar, o som, a luz, o amor, e meu anjo.
Um montão,um montão mesmo de beijos.

Anônimo disse...

O que aqui vai de mimo!
Um bom dia para os dois.Eu vou trabalhar.
Beijinhos

Cris disse...

Daniel,ok, tem a ver.
Estou tentando explicar isso para minhas células neuras,mas teimam em não registrar,acho que são as sinapses,tenho quase certeza.
Tem tudo a ver,esse "haver " é um problema sério.
Mas, a história de pedras e diamantes...gatinhos e tigres, nascer homem e mulher,enfim,tem tudo a ver não é?
Beijos meu querido,muitos...