Madrugada fria,
Não suspeitas que te escrevo.
Contorço-me
Faço a vontade do amor
Um pouco tarde
Talvez em vão.
Há um duelo dentro de mim
Entre o medo de ferir
E de ferir-se.
Medo de vencer
E ser vencido.
Neste duelo reside minha angústia.
Quero fugir de mim
Enfrentar-me
Sair de mim
Conter-me.
Mergulho no amor,
Com a mesma voracidade
Em que mergulhei no medo.
Ao amanhecer estarei sozinha
derramarei minha angústia num papel,
Vou sofrer tua ausência,
E falta de amor por mim,
E confessar:
É doce e
cruel amar-te assim.
Cristina Vianna
5 comentários:
Que lindo, Cris! Quem é que te pode provocar um amor tão !"cruel e doce assim?
Lindo
Amar assim, é doloroso, sim... mas quem o diz o sabe bem
jnhs
Por que é que a melhor poesia é sempre triste? Faz-me lembrar a minha quadre preferida, que é de um brasileiro e ganhou uns jogos florais da CUF. Não me lembro do nome, mas vou descobrir e direi depois:
"Dize lá tu, que já viste
O pranto nos olhos dela,
Se é a beleza que é triste
Se é a tristeza que é bela."
Poxa Cris, que linda, como disse o Daniel "que a melhor poesia é sempre triste?" Por que sera? Sei que vc sempre tem inspiracao para escrever, sempre amei seus textos e poesias, te amo tbm!!! Ah, Daniel De Sa, de tanto que ouço falar de ti estou aprendendo a ama-lo tbm, sou irma da Cris, ja fazem 2 anos que escuto minha irma falar do escritor preferido dela, Daniel De Sá e suas histórias fascinantes. Beijo no seu coração ♥
Cris,
Também grande e linda na poesia.
O sofrimento amoroso, só por isto, vale a pena.
Beijinho terno
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