quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Metade - Adriana Calcanhoto

Esperamos ,imaginamos e nos sentimos tolos,como marionetes de um destino cruel.
Para tudo! Eu quero descer,conceder-me o direito a escolhas,sair de mim ,esquecer quem sou.
Preferia estar em qualquer lugar onde não soubessem nem mesmo o meu nome, do que estar aqui em meio a minha derrota secreta e silenciosa. Preciso vencer-me, porque por outros fui vencida.
Quem um dia imaginou ouvir-me dizendo isso?
Ainda tenho forças para dizer:Para tudo!Quero descer.Não vou fazer este papel.
Nunca consigo descer deste palco.
Não anuncie o próximo ato,não estarei aqui para representar este papel...

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