sábado, 25 de abril de 2009

Os sonhos não foram feitos por leis...


Estou tentando racionalizar para resolver a tal equação.

Talvez, hoje tenha mais sorte com os números.

Descobri que estava tentando com a fórmula errada.Eis a questão,me atrapalhei com as fórmulas,isso já era esperado.Mas,o sonho tem me roubado o raciocínio lógico.
Como acredito ser uma matéria exata, recorro à física. Afinal, estou medindo forças, até onde sei, pertenço ao universo, ou seja, devo estar no caminho certo para encontrar as respostas.

O problema agora é saber aonde vou me inserir. Pronto, estou tentando simplificar e de cara, já tenho três caminhos, posso tentar a clássica, mas estou pensando na quântica, e tentada a experimentar a relativista.
Não entendo.Por que esse negócio não pode ser como comprar jabuticabas?
Por quê? Adoro jabuticabas, ninguém vai me perguntar se quero jabuticaba: lima, da terra, ou sei lá o que, porque não existem variações. São deliciosas as jabuticabas por serem doces e simples. Ah, como adoro as simples jabuticabas!
Bom, a tal da física quântica não pode me ajudar, os vetores são pares, e as tais forças abstratas, e no momento estou fugindo dessas forças abstratas. Tudo bem que queira simplificar,mas isso não significa reduzir.Penso que minha reação eletromagnética emitida perdeu um monte para o retorno,o tal espelho não devolveu,apenas refletiu.Ou seja, a probabilidade da minha onda encontrar o porto foi nula. E aí entra o tal dito popular:Morreu na praia.
Tudo bem,digo ao sonho.Quem sabe Newton possa nos ajudar?
Não deu certo... Não sei se por pressa comecei pela segunda lei,ou se exagerei na força.O que sei é que me quebrei,e não acho graça nisso.
Apelei e parti rapidamente para a terceira lei, ação e reação, já nem sei se eu buscava a tal lei, ou se a própria já agia sobre os estragos da primeira tentativa.
Hum... o resultado? A força contrária quase me aniquilou.
Tudo bem, não me liguei que era um trator.
O pior, é ainda ter que ouvir as risadas do sonho. Não está tudo bem, entretanto, decido juntar o que sobrou, e tentar a inércia, as duas possibilidades, primeiro o barco a deriva, nossa quase morri! Sem comentários... Nunca mais jogo fora os remos, com essa realmente aprendi, nunca confiar em ventos, eles nem sempre sabem o que desejam, e aquele vai e vem quase me matou. O sonho não sobrevive a tantas oscilações.Tentei então não me mexer.Anulando todas as forças contrárias que me empurravam para os braços de quem não me sonha.Com isso,foi por água a baixo a tal inércia,as forças tinham valores diferentes.
Frustrada, descubro que não sou a terra, não tenho o poder de atrair o meu objeto de desejo. E para piorar, minha aceleração está no sentido errado do tempo.Não estou na distância terrestre,percebo que minha distância é astronômica.Daí não tem jeito.Resta-me desistir das fórmulas de Newton.Seria colocar a corda no pescoço arriscar um resultado.
Ainda tenho alguma esperança, existe a teoria de Einstein, não é possível que não me encaixe nessa. Tenho a impressão que ela tenha surgido num momento como esse,para explicar o inexplicável,e os sonhos certamente nascem dessa parte do inexplicável, só pode ser lá que brotam para nos enlouquecer,para nos testar o equilíbrio e o tal controle da sanidade.
Esses pensamentos insanos devem morar lá no princípio dessa teoria.
Não há gravidade quando amamos,já não caminhamos,flutuamos como sombras O sonho sorri ,como se a equação estivesse desvendada,e a teoria explica-me que preciso do outro para resguardar a vida do sonho. Desespero-me. Estou sem saída.Penso que talvez seja melhor deixar o sonho morrer. Se ao menos dependesse apenas de mim. ofereço ao sonho a parte que cabe.
Tento falar sobre espaço e tempo.Faço os tais cálculos e o resultado é nulo.
Explico ao sonho sobre a relatividade do olhar.O tal eixo,as perpectivas. Ele não quer ouvir.Nem ao menos tentar entender.Culpa-me.Ignora.Está zangado comigo. Não admite a idéia de precisar do referencial. Ameaça desaparecer.Estou aqui pensando na situação.Apeguei-me tanto a esse sonho,que tem me custado abandoná-lo...Talvez eu esteja naquela listagem dos casos em aberto na física...

4 comentários:

Ibel disse...

Ó Cris, escreve um livro,palhacita!
Tu és tão expressiva, tão cria tiva, tão, tão...
Vamos lá. Escreve e faz estragos porque se fizeres cacos, mesmo assim, nao vai faltar quem os apanhe.
Beijos da Lia

Cris disse...

Minha querida
Se perdemos os sonhos,ao menos que nos sobre o senso de humor ,para rir dá própria sorte.
Não posso mais provocar estragos.Não é muito tranquilo construir a vida em cima de pontes de cordas.vamos perdendo a elasticidade com o tempo.Mas,se não perder o humor,tudo tem jeito,tem que haver uma resposta.hei de encontrá-la.
Beijos minha flor.

Daniel disse...

Isabel, eu já disse não sei quantas vezes à Cristina que tem de escrever um livro. Ela é a personagem perfeita num mundo onde muitos escritores parece que escrevem para nos azedar a vida.
Um abraço para ti, outro para a Cristina, claro.
Daniel

Cris disse...

Daniel
Escrever um livro???