
Gostaria de sair contigo para ouvir música,
Encontrar alguém que perguntasse:
Gostaria de poder de repente te dizer:
(Poema de JG de Araujo Jorgedo livro – A Sós – 1958 )
La gente pasa y pasa siempre tan igual
Te extraño más que nunca y no sé qué hacer
despierto y te recuerdo al amanecer
me espera otro día por vivir sin ti
el espejo no miente me veo tan diferente
me haces falta tú.
el ritmo de la vida me parece mal
era tan diferente cuando estabas tú
si que era diferente cuando estabas tú.
No hay nada más difícil que vivir sin ti
sufriendo de la espera de verte llegar
el frío de mi cuerpo pregunta por ti
y no sé donde estás
si no te hubieras ido sería tan feliz.
É de sonho e de pó
O destino de um só
Feito eu perdido
Em pensamentos
Sobre o meu cavalo
É de laço e de nó
De jibeira o jiló
Dessa vida
Cumprida a só
Sou caipira, pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida (2x)
O meu pai foi peão
Minha mãe solidão
Meus irmãos
Perderam-se na vida
À custa de aventuras
Descasei, joguei
Investi, desisti
Se há sorte
Eu não sei, nunca vi
Sou caipira, Pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida (2x)
Me disseram, porém
Que eu viesse aqui
Prá pedir de
Romaria e prece
Paz nos desaventos
Como eu não sei rezar
Só queria mostrar
Meu olhar, meu olhar
Meu olhar
Sou caipira, pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida
Eis que você recebe a segunda punhalada e continua lúcida,nessa lucidez sem príncipes e sem sonhos...e enquanto o sangue escorre você não consegui sentir raiva,mas pena,porque os seus olhos não vêem um homem,seus olhos vêem bichinhos humanos,e esses olhos terríveis nunca se enganam,e sabe que recebeu a segunda punhalada porque permitiu,ofereceu a outra face e o amigo do peito te bateu...E te empurraram para longe para viver uma aventura que seu coração não pedia,e você atravessa oceanos porque está morto,e não há chão ou pátria que cubra esse buraco no peito...
Agora tragam-me os ferros em brasa
e marquem meu corpo que eu estou forte.
Estabeleçam leis e eu as transgredirei - todas -
E determinem padrões que eu os romperei.
Cortem minha cabeça.
Eu sobreviverei apenas com o coração.
Glória Horta.
Tantas palavras, meias palavras,
nosso apartamento,um pedaço de Saigon
Me disse adeus em um espelho com batom
Vai minha estrela, iluminando,
Toda esta cidade, como um céu de luz neon
Seu brilho silencia todo som
Às vezes você anda por aí,
brinca de se entregar,
sonha pra não dormir
e quase sempre eu penso em te deixar e
é só você chegar, pra eu esquecer de mim,
anoiteceu, olho pro céu e vejo como é bom
ver as estrelas na escuridão.
Espero você voltar pra
Saigon.
Esse foi um pedido do Anjo:
"Depois de verdade chinesa, sempre vem Saigon. Será verdade? Não há nada que diga que tem que ser assim.Bjs"
Rubens Alves um dia afirmou que a saudade é o movimento as alma dizendo para onde ela quer voltar.
Penso que talvez seja o momento em que as lembranças desejam sair da memória para acontecer novamente.
Pior é saber que muitas vezes a insônia me persegue por conta do remorso por tudo o que deixei de fazer.
Há aqueles dias em que a vida complica.
A tal equação matemática mais parece uma pegadinha. Ou, o raciocínio lógico, tornou-se lúdico. E vem aquela vontade de fugir de si mesmo.
E a cabeça gira com todas as acusações pelas coisas que deram errado, embora reconheça os esforços, que não foram poucos, para que desse certo. Entretanto, isso não resolve o tal problema matemático.A soma não está dando certo.Então,talvez seja melhor deixar para outro dia ,onde talvez os números entrem em acordo comigo.
Decido então voar para minha terra, meu Rio de Janeiro, terra de gente bamba, e de samba miudinho no pé.
Por lá, quando temos esses problemas com as equações, nos juntamos aos amigos e brindamos nossas perdas com um copo gelado da lourinha. Do lado de lá, há sempre uma porta aberta com um amigo a sua espera.
E hoje faço TUM-TUM na porta do Emilio e digo: Amigo era só isso que eu queria da vida, uma cerveja, uma ilusão atrevida, que me dissesse uma verdade chinesa, com a intenção de um beijo doce na boca. A tarde cai e a noite levanta a magia. Quem sabe Emílio, a gente vai se ver outro dia.
Quem sabe o sonho vai ficar na conversa. Quem sabe até a vida apague essa promessa.
Então ouço quase o resultado da equação, naquela voz grave e doce, com sotaque carioca: Muita coisa a gente faz, seguindo o caminho que o mundo traçou,seguindo a cartilha que alguém ensinou, seguindo a receita da vida normal.
Amigo então responda: O que é vida afinal? Será que é fazer o que o mestre mandou,é comer o pão que o diabo amassou,perdendo da vida o que ela tem de melhor?
Abraço carioca, mão no ombro a conduzir: Senta, se acomoda, à vontade, está em casa, toma um copo, dá um tempo que a tristeza vai passar. Deixa para amanhã, tem muito tempo, o que vale é o sentimento e o amor que a gente tem no coração.
Depois do segundo copo a vida parece diferente,e passamos a acreditar que nenhuma equação ou tristeza resista ao samba miudinho no pé.
Valeu Emílio!
Ah João!
Meu coração tropical está coberto de neve mas,já nada ferve aqui dentro.muito menos por essa luta injusta ,por ser tão desigual.
Creio que seja bendita essa lâmina que corta e abre sem dividir.Entretanto,não acredito mais nas mensagens.Já enviei todas que acreditei que fossem capazes de vencer o mar,e venceram,mas não foram fortes o suficiente para alcançar as geleiras da vaidade.
Quero mergulhar na solidão do azul,e deixar para o mar todos os devaneios tolos que carreguei comigo.entregar neste mar gelado todas as sementes e grãos para que não germinem.
Não me arrastarei mais até esse mar,e não quero mais avistar suas mãos.
Ainda que permaneça corsário,serei um ,sem o mar.
"O pior é saber que está certeza só acontece uma vez na vida."
Ah coração sem perdão,diga ,fale por mim...Quem foi que roubou toda minha alegria?
É que a dor do querer,muda o tempo e a maré.Um vendaval sobre o mar azul.
Ah quantas vezes chorei!
Quase desesperei e jurei nunca mais seus carinhos...
Ninguém tira do amor,pois é,nem doutor ,nem pajé.
O amor quando acontece,a gente logo esquece o que sofreu.
Ilusão.
O meu coração marcado,tinha outro nome tatuado,que ainda doía.
Pulsava só a solidão.
O amor quando acontece,a gente esquece logo o que já sofreu um dia.Esquece sim.
Ah quem mandou chegar tão perto,se era certo outro engano,coração cigano?
Agora eu choro assim.
Choro sim.
Batidas na porta da frente é o tempo
Eu bebo um pouquinho pra ter argumento
Mas fico sem jeito, calado, ele ri
Ele zomba do quanto eu chorei
Porque sabe passar e eu não sei
Um dia azul de verão, sinto o vento
Há folhas no meu coração é o tempo
Recordo um amor que perdi, ele ri
Diz que somos iguais, se eu notei
Pois não sabe ficar e eu também não sei
E gira em volta de mim, sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro sozinhos
Respondo que ele aprisiona, eu liberto
Que ele adormece as paixões, eu desperto
E o tempo se rói com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor pra tentar reviver
No fundo é uma eterna criança
que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder me esquecer
METADE
by: Oswaldo Montenegro
Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.
Que a música que eu ouço ao longe seja linda, ainda que tristeza.
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada, mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos.
Porque metade de mim é o que eu ouço, mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço,
E que essa tensão que me corroe por dentro seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei...
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba, e que ninguém a tente
Complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é platéia e a outra metade, é canção.
E que minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor e a outra metade... também...
E screvo numa tentativa insana de esvaziar-me
U m verso calmo é o que busco
T ransparente, intenso e único.
E scorrem por meus olhos
A guas cheias de imagens
M ágico mistério dos versos
O ráculo das palavras silenciadas.
Cristina Vianna
Sou ave encolhida no canto do mundo
Presa por muralhas que eu mesma construí
Já não canto
Sussurro um pedido
Quase uma oração:
Deixe-me ir...
Ainda que meu vôo seja vacilante
Ainda que me faltem forças necessárias
Para erguer minha alma do chão
Deixe-me ir...
Mesmo não crendo nos campos de trigo
E que as flores não me surpreendam
Preciso acreditar
Que posso voar para longe desse inverno
que teima em queimar meu peito.
Posso voar sem direção
Não há sonhos a me guiar
Deixe-me tentar fazer a vida amanhecer
Deixe-me ir...
Para viver ou morrer
Não importa
Ao menos tenho que tentar
ir a procura
do meu verdadeiro lar
Antes que me roubem o derradeiro desejo de querer partir
Antes que eu esqueça que sou ave
Que sou livre
Embora encolhida no canto do mundo.
Cristina Vianna
Lia
Gostoso ser comparada a Gabriela.Imagina ser personagem de Jorge Amado.
Beijos
Confesso acordei achando tudo indiferente,verdade acabei sentindo cada dia igual,Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante.Quem sabe o amor tenha chegado ao final,não vou dizer que tudo é banalidade,ainda há surpresas....
Não vou pedir a porta aberta é como olhar para trás,não vou mentir,nem tudo o que falei eu sou capaz,não vou roubar teu tempo, eu já roubei demais.Eu tranco a porta
Tranco a porta para todas as mentiras.A verdade ficou lá fora,mas agora a porta está trancada.
A porta fechada me lembra você.A toda hora.A hora me lembra o tempo que se perdeu.Perder é não ter aquilo que era seu....
Vou contar para todo mundo,eu vou pichar sua rua,vou bater na sua porta de noite completamente nua,quem sabe então assim você repare em mim.
Não vou viver como alguém que só espera um novo amor,há outras coisas no caminho onde vou.As vezes ando só trocando passos com a solidão,momentos que são meus e que não abro mão.Já sei olhar o rio por onde a vida passa sem me precipitar e nem perder a hora,escuto no silêncio que há em mim e basta,Outro tempo começou pra mim agora,vou deixar a rua me levar,ver a cidade se acender,a lua vai banhar esse lugar e vou lembrar você...É mais tenho ainda muitas coisas para arrumar,promessas que me fiz,e que ainda não cumpri,palavras me aguardam o tempo exato para falar,coisas minhas ,talvez você nem queira ouvir.
Eu quero te roubar pra mim,eu que não sei pedir nada,meu caminho é meio perdido,mas que perder seja o melhor destino,agora não vou mais mudar,minha procura por si só,já era o que eu queria achar.Quando você chamar meu nome,eu que também não sei aonde estou,pra mim que tudo era saudade,agora seja lá o que for,eu só quero saber em qual rua minha vida vai encostar na tua.
Tardei a chegar
Parti debruçada no destino em descompasso
Venci longas distancias
Numa tentativa insana de aproximar
O impossível.
Murchei ao atravessar tanta água de sal
Como se retornasse do principio do mundo
Vazia e só.
Conheço o abismo de mergulhar em pedras
Onde cada pedaço do meu corpo gemeu.
Como é possível amanhecer numa primavera que não é minha
E adormecer num outono que não me espera?
Tenho vivido o assombro do impossível
E pressinto o naufrágio que me aguarda.
As lembranças estão além de mim
Percorri um traçado invisível
Levando em oferta o maior amor que já senti na vida,
Atravessei palácios à procura do Rei
Enfrentei batalhas
Não fugi aos julgamentos
Não neguei à pena
Venci meus abismos
Cortei minha alma em dois
E agora este abandono
Quebra a parte que me cabe em mil pedaços.
Cristina Vianna
O anoitecer pousava sobre o mar, um espetáculo indescritível. O sol cedendo seu lugar a lua.Olhava para os dois e pensava em nós.Eles encontram-se em breves instantes,entretanto são únicos.Lá estava minha ilha abrindo-se para receber-me.Ao menos o que restou.Já não poderia olhar para trás,tamanha era a velocidade do tempo que nos separa.E tento desesperadamente agarrar esse fio invisível que me mantém presa a ti.Gostaria de transformar meu amor numa flor e entregá-la ao mar, na esperança de que ele a conduzisse ao destino certo,ou que suas mãos estivessem abertas para recebê-la.
Atravessei o labirinto, escalei rochedos, gritei seu nome, movi pedras, sangrei minhas mãos, chorei minha alma e não pudesses me ver. Falei de amor, supliquei por vida, e desesperadamente encostei meu rosto na vidraça do tempo a suplicar um instante meu, mas o tempo recortou minha alma, e pude saber onde a vida começa e termina.
Agora a vida veste-se de saudade. E bem que gostaria de poder chorar por mim e por ti,a minha impossibilidade de alterar o tempo,de dar formas diferentes ao destino.Restam-me o deserto das praias onde a espuma das águas hão de apagar muitas vezes seu nome.As folhas em branca onde hei de chorar-te em versos.Resta-me a esperança de que exista uma vida paralela onde possa ludibriar o destino,e acabar com esse terror de não poder te encontrar nem mesmo nos sonhos...
Cristina Vianna
Tantas perguntas sem respostas...tantas frases ditas pelo avesso.Tantos versos incompletos... sigo perdoando deslizes."Em outros braços tu resolves suas dúvidas e em outras bocas não te esqueço".