segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Ah essas borboletas bailarinas!


Tenho estado tão triste... mas,sempre penso em você.

E quando o dia termina e a noite avança...Quanta solidão!

Minhas lembranças insones e noturnas. Quanto silêncio dentro de mim! O coração anda tão quieto que parece morto. Entretanto os pensamentos absurdos, de tão inquietos quebram-se e espalham pelas cobertas. Não há como juntá-los. Tantos cacos! Olho para minhas mãos em concha e tento desesperadamente deter um... Impossível borboleta vibrante! Impossível!
Escuto o soluçar da alma, e espanto as borboletas bailarinas na tentativa de protegê-la.
Ouço o grito do pássaro noturno, chego a temer que algum caco o alcance e lhe fira.

Ao amanhecer recosto minha cabeça na vidraça, sou vencida pelo cansaço que a agonia da solidão causou-me. Ainda penso em você.

Vejo o orvalho escorrer nas folhas verdes a renovar o brilho de sua cor. E por instantes penso ver teus olhos, o coração acorda,acelera. E somes. Devo estar embriagada de cansaço.

Os primeiros raios de sol invadem a janela e alcançam meu rosto, sinto um leve calor, como fossem tuas mãos a me acariciar. Inquieta agora está minha pele.

O dia está amanhecendo, ouço os primeiros cantos dos pássaros como uma oração. E vejo que continuo só, pensando em ti. Ouço sua voz e percebo que me embriaguei de sonhos. Sou vencida pelo cansaço... o dia amanheceu. Não tenho o que sonhei.
Rendo-me a quietude do coração, abraço minha saudade e adormeço.

2 comentários:

Ibel disse...

Ó Cris,tão bonito e tão doce!
É preciso tranquilizar esse coração,mas também sem inquietação a vida não vale nada...
Beijinho!

Elisabete disse...

É como a Ibel diz, "sem inquietação a vida não vale nada". Até porque obriga a produzir textos lindos como este.
Beijinhos para as duas meninas