sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Abraço no coração

A ave ferida,
Quem foi que a feriu?

Sentiu-se da vida,

Ou ficou sentida,

Que a vida sentiu?


A ave magoada,

Quem foi que a magoou?

Ou a dor é nada,

Só imaginada,

Ninguém lhe tocou?


Ave fugidia

Não regressa ao ninho?

Ninguém o diria…

Há-de vir um dia,

Mas devagarinho.


E quando chegar,

Asa ante asa,

Virá para amar,

Que é assim voltar

Ao sabor da casa.


Daniel de Sá.

Um comentário:

Ibel disse...

Saudades, Cris!
Abraço no coração.