terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Você chegou



Deveria ser uma noite como outra qualquer... Uma noite escura e silenciosa. Sem estrelas ou sonhos.

Você chegou como uma dessas estrelas meninas, que surgem do nada,brotando do puro acaso...

Um pequeno ruído, alguns movimentos suaves e um olhar firme de quem veio sabendo que iria ficar.

Lá estava você iluminando o breu e invadindo sem consentimento minha solidão... Agora estou aqui, me perguntando: o que leva uma pessoa a ficar horas com o olhar fixo numa jardineira a espera de um segundo milagre? Desejando que tudo recomece como naquela bendita noite escura de inverno... Esperando por alguém que não vai chegar.

Amar dói muito, e amar sem poder explicar e ainda perder, dói mais ainda... É cruel essa impossibilidade, essa impotência diante da casualidade da existência, da subjetividade da vida, o instante em que a tempestade invade a alma, e nos afogamos na própria dor.

Quero voltar o tempo, acordar sem ter dormido, arrancar esse sei lá o que... que estou sentindo... Tento reduzir, não complicar ainda mais... Mas,você despede-se sem querer partir, como quem é empurrado para dentro do trem,e eu sem conseguir fazer você ficar, sem poder dizer nossa história... Algo ou alguém cruzou nosso destino e depois nos apartou contra nossa vontade, simplesmente decidiu por nós, talvez seja um desses acidentes absurdos da existência.

Tenho colecionado acidentes... E pronunciado muito a palavra : Adeus.


3 comentários:

Anônimo disse...

Sinto muito.

Ibel disse...

Cris,

São intencionais este gatafunhos ou são problemas de compoutador?
Ou será que é um poema que o gato te dedicou?
Fez-se luz! Voltaste.
Beijinhos.

Cris disse...

Lia minha querida
SAUDADES.