quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Dê-me tua mão

Coração sai pelas mãos,
rasgo a madrugada escrevendo.
Preciso calar os Deuses
Espantar os fantasmas
Arrombar os castelos.
Artistas têm dor
Antes de ter sentido
Desespero
Antes de encontrar o motivo.
Não quero esta cegueira humana
Medíocre e sadia
Quero as pessoas com a terceira mão
Que emanam raios de infinito e esperança.
Dá-me tua mão.
Tão cheia de formas
A inspirar-me tantas letras.
Dê-me tua mão
E seja companheiro desta poetisa
que mora em mim.
Deixe-me segurar a tua
e acreditar que mereço ser poetisa
Por dom ou vingança
Por benção, ou castigo.
Segure minha mão
não permita que me curem
Ou me convertam.
Estamos
por demais separados neste mundo.
Escritor de gaveta
Artistas sem palco
Palhaços sem picadeiro
Nós...
Cristina Vianna.

6 comentários:

Daniel disse...

Um palhaço de Deus tem o mundo inteiro onde fazer os outros felizes. Mesmo que um poema como este tenha muito mais beleza que felicidade.

Cris disse...

Meu querido Daniel
Beleza tem as suas palavras que possuem o dom de me provocar felicidade.
Beijos

Unknown disse...

Claro que não desisto...
Sabes quem está cá hoje em casa? A minha prima de Lisboa. Falámos do Senhor Manuel e da Dona Aurélia e das malas que pesavam como chumbo.E das cofusões do condutor...Rimos como perdidas, ó palhacita!

Cris disse...

Lia minha querida
Como é bom tê-la de volta!
Puxa...Agora as saudades aumentaram. Foi um dia daqueles não foi?
Enquanto viver vai estar em mim.
Bom.Beije-a por mim, espero um dia recebe-las por aqui.
Um grande beijo do tamanho da minha saudade.
Estou em paz agora.

Elisabete disse...

Ponho a minha mão na tua, querida Cris. Para receber e dar força.

Cris disse...

Elisabete minha querida.
Ah como é bom poder alcançar sua mão!
E divino poder estar dentro desse olhar que tanto admiro.
Um grande beijo no coração.