Deveria ser uma noite como outra qualquer... Uma noite escura e silenciosa. Sem estrelas ou sonhos.
Você chegou como uma dessas estrelas meninas, que surgem do nada,brotando do puro acaso...
Um pequeno ruído, alguns movimentos suaves e um olhar firme de quem veio sabendo que iria ficar.
Lá estava você iluminando o breu e invadindo sem consentimento minha solidão... Agora estou aqui, me perguntando: o que leva uma pessoa a ficar horas com o olhar fixo numa jardineira a espera de um segundo milagre? Desejando que tudo recomece como naquela bendita noite escura de inverno... Esperando por alguém que não vai chegar.
Amar dói muito, e amar sem poder explicar e ainda perder, dói mais ainda... É cruel essa impossibilidade, essa impotência diante da casualidade da existência, da subjetividade da vida, o instante em que a tempestade invade a alma, e nos afogamos na própria dor.
Quero voltar o tempo, acordar sem ter dormido, arrancar esse sei lá o que... que estou sentindo... Tento reduzir, não complicar ainda mais... Mas,você despede-se sem querer partir, como quem é empurrado para dentro do trem,e eu sem conseguir fazer você ficar, sem poder dizer nossa história... Algo ou alguém cruzou nosso destino e depois nos apartou contra nossa vontade, simplesmente decidiu por nós, talvez seja um desses acidentes absurdos da existência.
Tenho colecionado acidentes... E pronunciado muito a palavra : Adeus.
3 comentários:
Sinto muito.
Cris,
São intencionais este gatafunhos ou são problemas de compoutador?
Ou será que é um poema que o gato te dedicou?
Fez-se luz! Voltaste.
Beijinhos.
Lia minha querida
SAUDADES.
Postar um comentário