O que faço agora com esta ausência que me dilacera a alma?
Posso ouvir a frase que tantas vezes repetiu olhando dentro dos meus olhos: "Não adianta fazer de conta que não dói,os teus olhos contradizem este riso".
Pena não estar aqui ,hoje confessaria a dor. Talvez a maior que já senti nessa vida:A dor de te perder.E diante do meu silêncio e sumiço, o telefone tocaria,e ainda que arrumasse uma coleção de gargalhadas e desculpas para que não percebesses minha tristeza.
Iria ouvir: Saí da toca coelhinha, porque sei que está sofrendo, sei ler tuas ausências e traduzir teu silêncio. O que se passa contigo? Pronto .Era o chamado mágico para a vida ,o remédio que curava as dores de minha alma.
Mas hoje o telefone não vai tocar. Essa é a única certeza que tenho.
Hoje que não conseguiria negar a dor.E ainda bem que não vai saber o quanto me tornei triste com sua partida.
Acho que os anjos estão inquietos.Hoje no desabrochar do dia 11,o céu desabou em prantos junto comigo. E agora cessou como por encanto e as cigarras cantam fora de hora.
Talvez as cigarras saibam que é seu aniversário,o que elas não sabem,é que não estás mais aqui.
O que faço agora com este dia vazio.Porque não o arrancam do calendário?
Para Sempre
Por que Deus permite que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,é tempo sem hora,
luz que não apaga quando sopra o vento e chuva desaba,
veludo escondido na pele enrugada,
água pura, ar puro,puro pensamento.
Morrer acontece com o que é breve e passa sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,é eternidade.
Por que Deus se lembra- mistério profundo -de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,baixava uma lei:Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre junto de seu filho e ele,
velho embora,será pequenino feito grão de milho.
7 comentários:
Querida Cris,
Nada substitui a Mãe, mas deixo aqui o meu beijo, o meu abraço forte, o meu carinho.
Minha querida Cristina
Há tantos anos que este dia se tornou triste, triste, muito triste para mim. O dia mais triste da minha vida, há quarenta anos exactos. Meu Pai morreu num onze de Março.
Tento alegrar-me um pouco festejando a vida do nosso amigo Manuel Estrada, que hoje comemora mais um aniversário.
Ai, meu Deus, não foi há quarenta, mas há cinquenta anos! E às vezes ainda sonho que vou ao encontro de meu Pai na planície ressequida de Santana e do Aeroporto, em Santa Maria!
Um beijo, minha querida Cristina. E desculpa a confusão que lancei nesta Pasárgada de bons sentimentos feita.
Queridos
Hoje seria o aniversário de minha mãe.E antes esta era a data mais importante do ano para mim.Falo isso sem exagero.Este é o primeiro 11 de março onde não sei o que fazer.Não imaginei que fosse doer tanto a ausência,tanto que chega a ser física.Vai passar...
Abraço os dois com muito carinho e gratidão.
Cris,
Ontem não vim cá...Desculpa-me.
Nem sei o que dizer, mas sei o que sentes.Se sei!
A minha mãe é ainda a grande presença da minha vida, a minha santa, o meu refúgio nas hoas boas e más.
Abraço-te com ternura, muita ternura.Podes contar sempre com este lar!
LIA
Minha querida e amada amiga, lembrei desta data,mas preferi não te ligar, melhor não falar... sei lá, ou será melhor falar, falar e falar, e colocar tudo para fora, do que ficar remoendo a dor, mas é triste dizer que está dor não vai passar, sejamos realista, ela ira apenas amenizar. Tá sendo muito difícil para a gente imagina para vc...
Lembre-se sempre que estamos aqui para o que der e vier e que te amamos muito...
Ah! E trate de se alegrar pois tem alguém aqui que precisa conhecer a pessoa maravilhosa e alegre que vc é...
Grande beijo.
Lu
Minha tão amada Luciana
Perdoe-me pelo silêncio.A dor quando é muita,o corpo acaba respondendo não é? E foi o que aconteceu novamente.Já que não consigo arrumar remédios para a alma,aqui estou novemente cheia de remédios.
Estar com vcs, fez com que aquele domingo, fosse o melhor de todos.E tens em teus braços o antídoto para minha tristeza.
Amo muito ,muito mesmo os três.
Vai passar Lu,prometo que vai.
Beijos de saudade.
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