domingo, 31 de agosto de 2008

Quando entrar setembro...

Quando entrar setembro
E a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão
onde a gente plantou
juntos outra vez
Já sonhamos muito
Semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz
No que falta sonhar
Já choramos muito
Muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar
Uma nova canção
Que venha nos trazer
Sol de primavera
Abre as janelas do teu peito
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender...
( Flávio Venturini)




quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Discutindo relacionamento...


Ai vai pessoal... Mas, não adianta só passar. Atendendo aos pedidos...

Eu e meu carro.

Hum... certamente se ele falasse , não seria muito educado reproduzir aqui sua fala.
Sei que ele tem suas razões e umas pequenas queixas, mas não tomem lado ainda, ele também não é assim tão certinho.
Com certeza ele tentaria me atropelar se pudesse. Pode crer.
Concordo que eu colo um monte de adesivos em sua traseira, e isso compromete um pouco sua reputação. Mas, já foi pior , ele não pode negar.
Houve um tempo que prendi um coelho de braços abertos no vidro traseiro, onde este balançava e dizia ao carro de trás: Cadê seu senso de humor?
Sim, reconheço que meu carro sofreu algumas represálias por conta disso. E eu custei um pouco a perceber.Só que o coelho quebrou, não existe mais o problema.
Ele fica bravo por eu fumar dirigindo, mas sempre deixo os vidros abertos, mesmo quando esta chovendo, esta bem que às vezes molha e ele fica com cheiro de cachorro molhado, mas sempre faz um solzinho e resolve. Ah sim, eu esqueço de esvaziar os cinzeiros. Mas, quando esta muito cheio e não cabe mais nada esvazio,ele não pode negar isso também.
Sei que há outra coisa que o irrita bastante, mas, ele tem que entender, sempre sinto-me melhor em sua companhia, sempre pego os lanches para viagem, e costumo ter um kit bobagem (chocolates, pipoca, biscoitos, balas,etc...)para caso de emergências... engarrafamentos.
Ele também reclama por nunca tomar banho, mas isso não é verdade, saio com ele quando esta chovendo.
Tenho que admitir, estou melhorando, mas, ainda não avalio muito bem se realmente tem espaço para ele passar, embora tento convencê-lo que são nossas marcas, contam nossas histórias.
Às vezes, eu fecho a porta com a chave na ignição, tento de todas as maneiras convencê-lo a deixar-me entrar, mas ele ? Ah,diverti-se com isso, daria gargalhadas da minha cara se pudesse,ela pensa que não percebo. E depois de muitas tentativas: socar sua porta, rezar ajoelhada a sua frente humilhando-me na frente de todos, a porta abre, apenas abre e ... tenho vontade de fazê-lo dar beijinhos num poste.
Sim, às vezes eu o perco nestes estacionamentos gigantescos, quando retorno tudo parece diferente, o carro que marquei que estava a seu lado já não esta mais, então tenho que chamar o segurança, e ele tem que ouvir: Ah, aquele azul ali ? pequeno e desbotado.
Xiiiii, problemas, o conheço, fica bravo, tento ainda suavizar à situação , e o defendo :ele não é desbotado, só um pouco queimado de sol e com poeira.

Pode esperar que vai ter troco. Acreditem. Ele é vingativo, guarda mágoas.

Não acreditam?
Definitivamente ele tem sentimentos.
Sabe o que fez ontem comigo?
Chegou a minha vez.

Agora vou acabar com ele.
Vou contar.
Dai quero saber de qual lado vão ficar?
Ele estava estacionado num lugar chiquérrimo.
Até estava limpinho , afinal tomou um bom banho de chuva.
Enquanto eu caminhava em sua direção, avistei um gato, não um bichano, uma espécie de Deus Grego, aqueles que papai do céu, ás vezes lembra-se de nos colocar no caminho.
Pensei: É hoje !

Saquei meus óculos escuros, balancei os cabelos, conferi que estava de batom , olhei para o horizonte e segui firme como numa passarela, estava me sentindo à tal.
Era o dia da vingança.
Entrei no carro, sem perder o gatinho de vista.
Adivinha?

Isso mesmo.
Lá estava eu tendo que suplicar: Pega querido, vai, faz esse favor, não faça isso agora, não neste momento. Prometo gasolina de primeira, banho de espuma com polimento, não faço mais curvas sinuosas à 60 Km em dias de chuva...

Pega por favor, estou pedindo, ele esta olhando... vai, por favor ,meu sorriso esta ficando amarelo.
Agora estou com cara de paisagem.
Tentei mesmo negociar. Mas, nada o convencia de esquecer a vingança.
Avisei: Ele vai pensar que és uma carroça, tenho certeza que vai oferecer para empurrar, e não vou te perdoar por isso.

Não deu outra.
Oi...esta tudo bem?

Sim esta, ele tem vontade própria depois que ficou velho.
Ahhhhhhhh, agora pegou?

Ficou envergonhado?
Agora quer sair desta situação?
Não acredito que fez isso comigo!

Você estragou tudo, tenho vontade de te socar num muro... Bom, agora já foi.
Vamos esquecer o assunto. Estamos empatados.Vamos para casa.
Era um gato né?
E estava mesmo me dando bola. Puxa!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Uma noite com o meu amor.


Por uma noite
Preciso crer que é meu eleito.
Preciso te amar
Como se não fosse amanhecer.
Tudo acontece na rapidez de um sonho.
Teu corpo
Extensão do meu.
Tu invades minha solidão
Passeias em meu corpo
Decoras meus traços
Absorve-me
Prende-me
Alucina-me.
Surges de um tempo onde te ocultastes
Eu revivo
Embriago-me com tua presença
E sonho com nossos passos juntos
Mãos dadas
Atravessando a madrugada
Entrelaçando sonhos
Tecendo planos
Até que o dia amanheça.
Cristina Vianna

sábado, 23 de agosto de 2008

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Meu cantinho - Praia do Campeche - Sul




Praia do Campeche - Santa Catarina - Florianópolis




Localizada na costa leste da Ilha, a Praia do Campeche está a 15 km do centro e a 10 km do Aeroporto Internacional Hercílio Luz. É uma praia belíssima com 5 km de extensão de areias brancas, águas cristalinas em tom esmeralda e mar agitado.

Em sua frente, a 2 km da praia, a Ilha do Campeche é um dos lugares mais bonitos de toda Florianópolis. Praia de estilo caribenho, areias brancas, águas cristalinas e transparentes, atrai mais de 30 mil visitantes todos os anos. Além de sua beleza paradisíaca, é um importante patrimônio arqueológico do Estado. São mais de 100 petróglifos, vestígios de civilizações que viveram na ilha há mais de 2000 anos. Um dos mais ilustres visitantes de Campeche foi o escritor francês Antoine de Saint'Exupéry, autor de O Pequeno Príncipe. Fascinado pelas belezas e tranqüilidade do lugar, Saint'Exupéry costumava passar semanas inteiras descansando e em contato com os nativos da região. Ele era o comandante do correio aéreo francês Latecoére, que na década de 20 fazia a rota Paris-Buenos Aires, e usava a praia como campo de pouso.


Aflição de ser eu e não ser outra




"Aflição de ser eu e não ser outra.
Aflição de não ser amor,
aquela que muitas filhas te deu, casou donzela
E à noite se prepara e se adivinha
Objeto de amor, atenta e bela.
Aflição de não ser a grande ilha
Que te retém e não te desespera.(A noite como fera se avizinha)
Aflição de ser água em meio à terra
E ter a face conturbada e móvel.
E a um só tempo múltipla e imóvel
Não saber se se ausenta ou se te espera.
Aflição de te amar, se te comove.
E sendo água, amor, querer ser terra."


Hilda Hilst

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Hoje fazem três meses

Você se foi...
A dor tem cheiro de chuva
que não vai passar
As chagas parecem definitivas
sem ter como cicatrizar
Estou aqui
Amarrada a todos os meus medos
Infantis e juvenis
Você se foi...
Sua presença permanece em mim
mas ainda estou só
A dor é real
Parece ser maior que o tempo
Você se foi...
Segurei firme tua mão quando chorou
Sequei tuas lágrimas com beijos de amor
Teu rosto povoa meus sonhos
Tua voz invade minha sanidade
estou presa na vida que me deixou
Tentando com todas as forças
convencer-me
Você se foi...
Ainda que estejas comigo
Permaneço só.

Minha querida amiga Lia.

Estou aqui me esforçando para mexer nestas ferramentas e conseguir postar algo para você.
Minha querida, hoje é uma data muito especial. Fora num dia 21 de agosto que nascera um grande homem, um lindo ser humano, que me ensinou a amar Portugal, que guiou meus primeiros passos, emoldurou com fios de ouro alguns de meus sonhos. Alguém que muito acreditou em mim, e sempre precisamos não é amiga de alguém que acredite em nós.
Ele ensinou-me a romper a barreira da massa, do peso físico e aprendi a libertar meu espírito, em longos voos que encurtam distâncias e amenizam saudades.
Muitas vezes, levou-me a caminhar por entre as vinhas , a escutar o murmúrio das vozes nas tabernas, a descançar nas sombras das oliveiras, a olhar os campos floridos na primavera de Portugal. Fora ele quem me apresentou os sermões de Padre Antônio Vieira, por ser seu apreciador, fora ele quem me ensinou que se tens a companhia de um bom livro nunca estás só.
Precisa abrir um livro e junto o seu coração, então serás capaz de não só ler ,mas ouvir a voz do autor, sentir seu pranto, adivinhar seus passos, escutar seu riso, desvendar sua alma.
Meu avô, um ser humano mágico, responsável por minhas mais doces lembranças. Meu avô, pai de minha mãe. Que também me criou, fora ele quem segurou minha mão quando senti medo. fora ele quem me ensinou a sonhar quando o coração doia de saudades. E é sua falta que sinto hoje, dizem que herdei seus olhinhos de menino e seu sorriso maroto, mas o que gostaria mesmo de ter herdado era o seu coração.
Muito te agradeço minha doce Isabel, minha pequena Lia.
Beijos em teu coração.

Não me analise


Por favor não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu
Se ninguém resiste a uma análise profunda
Quanto mais eu
Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor
Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei perfeito amor.

Mário Quintana